Rio Info 2009 e números sobre o contexto brasileiro

Na semana passada (9 a 11 de setembro) estive do Rio Info 2009 e tive a honra de participar da mesa redonda sobre Redes Sociais, que foi muito interessante.

Roney fez um resumo sobre a mesa que dá uma ideia de quais foram as discussões e pontos abordados por cada painelista. Por isso vou pular para outros pontos.

Minha apresentação foi baseada no artigo Redes Sociais Online: Desafios e Possibilidades para o Contexto Brasileiro (slides anexados a este post), desenvolvido no âmbito do projeto e-Cidadania.

Na apresentação, usei alguns índices do IBGE e do CGI.br. Pelos comentários e perguntas, os dados que mais chamaram atenção de quem participou da sessão técnica foram: o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), do Instituto Paulo Montenegro (IPM), e sobre a porcentagem de brasileiros que nunca acessaram a Internet, do CETIC.br.

Normalmente, não gosto de usar números, pois pode soar no mínimo contraditório falar de inclusão e se basear em porcentagens em vez de considerar as diferenças. Minha idéia foi convidar todos a pensarem na inclusão. Como disse a professora M. Tereza E. Mantoan, "Só se pode excluir quando for para incluir".

Esses números, no meu ponto de vista, são importantes, pois representam um snapshot do nosso contexto, mas não podemos perder de vista que eles representam algo que é muito dinâmico e muito cheio de possíveis contextos de uso. Assim, mesmo alguém que possa estar fora da união das porcentagens que comentei, pode sofrer, em algum contexto de uso, com algo que não seguiu design inclusivo e não considerou diferenças.

Para fechar, uma colocação de Castells que gosto e relaciona tudo isso: "O que caracteriza o novo sistema, baseado na interação em rede digitalizada de múltiplos modos de comunicação, é a sua capacidade de inclusão e abrangência de todas as expressões culturais". Acho que podemos e devemos contribuir trabalhando com essa capacidade tendo em vista seu potencial de abrangência.

Vários "page ranks" em um "submit"

Ferramenta para obter diversos ranks.

http://www.seeranks.com/

Ferramentas de avaliação de websites

Post que traz várias ferramentas de análise envolvendo diversas métricas. Seções que mais me interessaram foram Stats e Heatmaps, com destaque para o Google Analytics, ferramenta de avaliação free que acho bastante interessante e que uso neste website.

Website Analytics Toolbox, por Steven Snell

Princípios para a Governança e Uso da Internet no Brasil do CGI.br

Mês passado tomei conhecimento da resolução CGI.br/RES/2009/003/P do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A resolução, que me chamou bastante atenção, aponta para 10 princípios (a seguir) que buscam embasar e orientar ações e decisões.

1. Liberdade, privacidade e direitos humanos
2. Governança democrática e colaborativa
3. Universalidade
4. Diversidade
5. Inovação
6. Neutralidade da rede
7. Inimputabilidade da rede
8. Funcionalidade, segurança e estabilidade
9. Padronização e interoperabilidade
10. Regulação Mínima

Os princípios que mais me chamaram atenção e que têm relação direta com tópicos de pesquisa que estou trabalhando são: 1, 3 e 4. Eles abordam questões como liberdade de expressão, privacidade do indivíduo, direitos humanos, acesso universal, não discriminação e respeito à diversidade cultural. Assuntos que julgo importantíssimos quando se trata de um contexto tão diverso como o brasileiro. A propósito, para quem não conhece essa diversidade, o CTIC.br disponibilizou recentemente um estudo sobre o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no Brasil.

Mais informações sobre a resolução: http://www.cgi.br/regulamentacao/resolucao2009-003.htm

BrainPort Vision converte informações visuais para informações táteis, na língua

A proposta apresentada no vídeo a seguir é muito interessante e, de acordo com o que é apresentado, bastante poderosa. Começo a imaginar como algumas tarefas do dia-a-dia podem ser influenciadas. Por exemplo, como se locomover e conversar com alguém enquanto o dispositivo que envia os impulsos elétricos para língua está na sua boca? Podemos imaginar um número grande de maneiras de lidar com situações como esta. Creio que ao ponderar o poder dessa tecnologia assistiva e suas implicações em contextos de uso possíveis, questões interessantes podem surgir. Mesmo assim, possibilitar que uma parede de escalada seja acessível é algo no mínimo interessante.


Vídeo de usuário cego testando a tecnologia.

Mais sobre a tecnologia: http://vision.wicab.com/technology/

Vila na Rede

O Vila na Rede é um espaço em que se pode compartilhar conhecimento sobre diversos assuntos (idéias, eventos e produtos e serviços).

O sistema é produto do projeto e-Cidadania: Sistemas e Métodos na Constituição de uma Cultura mediada por Tecnologias de Informação e Comunicação, do qual faço parte.

O website busca apoiar a Rede Social existente fora da Web de maneira inclusiva, considerando questões de acessibilidade, letramento digital, entre outras, o que torna o Vila na Rede uma Rede Social Inclusiva (RSI).

O termo RSI foi abordado no artigo "Redes Sociais Online: Desafios e Possibilidades para o Contexto Brasileiro", apresentado por mim no CSBC (Congresso da Sociedade Brasileira da Computação) de 2009.

Ficou curioso? Quer levar sua vila pra Web? Conheça o Vila na Rede!

Sistema Integrado de Vagas e Currículos para Pessoas com Deficiência (SIVC)

Website para apoiar a inserção da pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

http://www.selursocial.org.br/

Identificação de padrões de utilização da web mediada por tecnologias assistivas

Divulgando a publicação da minha dissertação de mestrado na Biblioteca Digital da UNICAMP. O trabalho envolveu o desenvolvimento e aplicação de um modelo para identificar barreiras de acessibilidade e problemas de usabilidade a partir de dados de utilização capturados no lado do cliente. A ferramenta resultante do trabalho se chama WELFIT. A defesa ocorreu em abril de 2009. Finalmente, segue o link da dissertação: Identificação de padrões de utilização da web mediada por tecnologias assistivas

Durabilidade das Diretrizes de Usabilidade de Interfaces Homem-­Computador

Esta nota é apenas para divulgar meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no Mackenzie também chamado de Trabalho de Graduação Interdisciplinar (TGI), intitulado Durabilidade das Diretrizes de Usabilidade de Interfaces Homem-­Computador. O trabalho envolveu a análise das cerca de 900 diretrizes de interface de software de Sidney Smith e Jane Mosier, de 1986, com base nos textos de Jakob Nielsen. A apresentação para a banca examinadora ocorreu em meados de 2006.

WARAU (Websites Atendendo a Requisitos de Acessibilidade e Usabilidade)

Conteúdo com enfoque prático e objetivo para quem quer melhorar acessibilidade e/ou usabilidade de um website.

http://warau.nied.unicamp.br/

Conteúdo sindicalizado